- Será que veremos uma onça?
- Tudo o que eu quero! Agora se eu não vir a onça não vai ter valido a pena subir o morro.
- Ah sei, agora você é super corajosa?
- Não sou não, mas também não aguento mais ter medo de tudo, de tudo o tempo todo medo. Você não cansa de ter medo não? Porra, nem elevador eu entro tranquila. Quero ver onça sim, olhar ela no olho. Se ela não me comer, nunca mais serei a mesma.

As duas ficaram em silêncio e continuaram andando. Depois de vinte minutos, Tatiana falou:
- Essa onda não vai bater não? Quanto tempo demora? Você já tomou isso alguma vez?
- Nunca tomei não, será que pegamos o cogumelo certo?
- Iii cacete! Agora já era.
A mata cada vez ia ficando mais fechada, e as árvores faziam um caminho de sombra e de calor.
As duas riram, beberam água...
Tatiana
Sibila